5 de dezembro de 2012

HOMEM-ARANHA NOIR 2: A Face Oculta

Do descartável ao fundamental.

Se no primeiro volume de HOMEM-ARANHA NOIR o resultado final foi confuso, sua sequencia se revelou muito bem definida no que se refere aos sentimentos que a jornada de Peter Parker provocou. E se não fosse a já citada insistência em, num impulso consumista, comprar "tudo" o que o selo Panini Books publica em capa dura, jamais descobriria que um universo que pareceu desinteressante desde as primeiras páginas da história que o estabelece poderia se elevar tanto em nível de qualidade em uma segunda tentativa. Ainda mais por ser desenvolvido pela mesma equipe criativa de seu antecessor. Mas é bom quando somos surpreendidos. E quando a surpresa é sincera, então. . .

HOMEM-ARANHA NOIR 2: A Face Oculta foi uma surpresa inesperada.

Nova York, 1933. Os efeitos da Grande Depressão continuam a ser sentidos, mas Franklin Roosevelt começa a restaurar a esperança dos norte-americanos. Até Peter Parker — mais conhecido como o Homem-Aranha — acredita num futuro de justiça e igualdade social. Mas ele não contava com o Mestre do Crime, que tomou o lugar do Duende como senhor do submundo nova-iorquino! Que papel tem a Gata Negra, o Doutor Octopus e o Homem-Areia em tudo isso?

14 de novembro de 2012

KICK-ASS: Quebrando Tudo

"Voce nunca mais verá um gibi do mesmo jeito..."

Informa o texto que o introduz à história na contracapa da edição. Informação essa que nada diz, a não ser a intenção explícita de tentar o leitor a comprar a edição que tirou da prateleira, mesmo sendo a da estreia de um personagem jamais visto pelo público. Levando-o a acreditar que este gibi, diferente de tantos outros que usaram do mesmo artifício para atrair olhos curiosos, irá re.vo.lu.ci:o.nar a sua visão sobre o universo super heroístico. "Tá! É claro que vai!" – é o seu pensamento irônico ao se ver obrigado a duvidar depois ler a preciosa informação. Aos que ainda acreditam na palavra alheia – por mais que venha de um publicitário –, e que também foram abençoados com a curiosidade, dedico efusivos parabéns... #SeusFelizardos. Pois foram os primeiros a se deliciar com a trama que, como o texto da contracapa afirma, não somente irá, COMO REVOLUCIONA sua visão sobre os super personagens dos gibis que acompanha. Revolução que se faz perceber antes da metade da jornada de Dave Lizewski, o chutador de bundas, nessa preciosa edição. Sim, eu lhes desejo sinceros parabéns por vencerem o medo de mais uma vez se decepcionar com uma promessa vã de uma leitura inesquecível, e terem feito de KICK-ASS o sucesso que é hoje, mas não lhes permito sorrisinhos superiores porque... por mais que tenha sido um leitor tardio desse chocolate da literatura, eu o li... e agora vivi cada detalhe dessa jornada como você, um dia, viveu, seu bunda chutada.
 
"O que acontece quando um cara comum numa roupa de látex fica frente a frente com o submundo do crime? É isso o que o jovem Dave Lizewski está prestes a descobrir. Afinal, as pessoas têm apenas uma vida, e Dave quer que a dele seja empolgante. A qualquer preço."

27 de outubro de 2012

HOMEM-ARANHA NOIR

Uma aventura descartável, mas incerta se realmente o é.

O selo Panini Books vem investindo com vontade nos encadernados da linha noir dos super heróis Marvel Comics, e essa novidade começou com o mais teioso dos super seres: o HOMEM-ARANHA.

Nova York, 1933. Quatro anos depois da quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Os Estados Unidos vivem a Grande Depressão. O Duende é o chefe de uma quadrilha de criminosos que domina a cidade pela corrupção e violência. Peter Parker vive sua adolescência com os tios Ben e May, um casal de socialistas fervorosos que luta para melhorar a sociedade e impedir a exploração dos mais humildes. Amargurado com o brutal assassinato de seu tio, o jovem Peter encontra a chance de saciar sua sede de justiça ao ser picado por uma exótica aranha mística, que lhe confere poderes especiais. Agora, ele pode honrar o que seu tio lhe ensinou: "se aqueles que detêm o poder não são dignos de confiança, é dever do povo destituí-los".

A história é aquela que todo o mundo conhece, mas, apesar de ser poderosamente interessante, nem todos nesse todo se sente apetecido em ler/ver/ouvir. Sendo objetivo... No primeiro volume da linha noir do Homem-Aranha nada agradou. Dos desenhos ao texto, e também a jornada pela qual este texto passeia. Falando francamente?, tal afirmação é consciente de que muitos poréns a permeia, e um deles é a insistência da Marvel em recontar a origem de um personagem que todos conhecem como se fosse a sua. E esse porém leva a uma grande pergunta:

19 de setembro de 2012

JUSTICEIRO: 6 Horas Para Matar

Uma ousadia refreada.

Cada leitura é única, e mesmo se tratando da continuação de algo ja estabelecido, toda leitura é um momento isolado. Com esse entendimento, compreende-se que em leituras que se permitam continuações, mesmo que a atual seja magnifica não significa que o que vem pela frente seguirá o mesmo caminho de acertos, e nem que a primeira é tão boa que não possa ser superada a seguir. A nova leitura, como qualquer outra, é um momento isolado, lembra?, e mesmo acompanhada de um passado bom ou nem tanto, vem acompanhada também dos mesmos 50% de chances para acertos ou erros. Foi o que descobri, não ao final da leitura, mas por ler JUSTICEIRO: As Meninas do Vestido Branco – que apresentou uma leitura inexpressiva justamente por se ater no expressar –, e, principalmente, por persistir na leitura em questão e compreender que são sim histórias de um mesmo universo, mas nem por isso são equivalentes. Hoje, leitura finalizada, garanto que o erro anterior não se repete aqui, e o que tinha tudo para ser jogado de lado pelo passado negro que nem é tão distante assim, acabou por garantir uma segunda chance, originando o argumento que o introduziu nesse texto e se tornou pensamento – bem antes de se tornar introdução, claro.
 
"Por mais de trinta anos, Frank Castle dedicou sua vida a exterminar de modo implacável a escória criminosa que infesta a nossa sociedade. Porém, durante uma investigação de tráfico infantil na Filadélfia, ele é capturado e envenenado. Agora, Castle tem apenas seis horas de vida, e pretende aproveitá-las da melhor maneira possível: eliminando o maior número de canalhas que puder."

14 de setembro de 2012

SORRISO MAROTO: 15 Anos

15 aninhos bem vividos, porém, maduros como quarentões. (Ôh, Sorte...!)

Todo ano surgem novos artistas com a música mais badalada da estação, cantando o hit que vai martelar em seu ouvido até você desejar que todas as caixas de som do mundo venham a explodir em simultâneo (sem baixas, espero), apenas para não mais ouvir esse ou aquele refrão outra vez. Noventa por cento desses artistas são apenas modas passageiras pelo simples fato de não terem preparo algum para se manterem em uma carreira artística estável e, assim, percebe-se com o tempo, a grande sensação da estação nunca foi o Grupo/Intérprete desta, mas a música cantada. Estamos na era da internet, e o menino com um celular em mãos é capaz de gravar o vídeo do momento ou a música do mês. É muito fácil fazer sucesso! Se estabilizar nele, provando-se um verdadeiro artista a cada obra lançado, não.

Sucesso absoluto desde o inicio dos anos 2000, o Sorriso Maroto  precisou de 15 anos de carreira para entrar na moda e cair na boca do povo, e não há quem possa duvidar desta afirmação, porque o Sorriso Maroto está na moda! Reflexo de uma ténue mudança em seu estilo musical que vem conferindo as canções um ar cada vez mais popular, como moda, o grupo tem o diferencial de não ser um "artista relâmpago" (que surge do nada na internet e, por atalhos de gravadoras e/ou empresários, alcançam as Rádios e emissoras de TV, que os vendem como a nova sensação desse ou daquele estilo, a fim de torná-los sensação). Posição que a banda do momento não ocupa por possuir um passado onde todos fomos testemunhas. E um passado com conteúdo, que se reflete no presente, influenciando sua nova fase. O novo CD está nas lojas, e a espera por este foi longa. Muito maior do que se podia imaginar naquele inesquecível 1° de Março de 2012, onde o espetáculo se fez e o Sorriso Maroto levou mais de 80 mil pessoas a compartilharem uma mesma emoção em um show que movimentou o Rio de Janeiro e jamais será esquecido. Ao apertar o Play, por uma fração de segundo a histeria de tantos mil é o som que domina o ambiente,  até a entrada dos cavacos, violões e, oficializando com excelência o arrepio que te domina ao primeiro contato com o CD de inéditas, surge a frase que ganhou o Brasil, proferida pela voz marcante e inconfundível de Bruno Cardoso: "Assim você mata o Papai, hein!". Levando a multidão, já ansiosa pelo espetáculo, a um sufocante delírio que é coroado na queima de fogos que se mistura ao instrumental e enche de beleza a primeira canção.


OBS: "Em algumas músicas, fãs do Sorriso Maroto que, gentilmente, aceitaram a proposta de expor seus pareceres sobre suas canções favoritas do novo álbum, compõem o texto com suas verdades. Muitas pediram anonimato, outras liberaram seu primeiro nome ou nick no twitter. Todos os pedidos foram atendidos."

12 de setembro de 2012

Te apresento o amor


Muito prazer, acabo de te conhecer.
O mundo dá voltas e voltas... parece que tudo foi armado para eu te encontrar.
Uma hora mais?, agora eu quero conversar.
Meu Deus, mas que sorriso lindo...! Acho que vou me apaixonar.

Tem uma voz tão doce, e um rosto suave, esculpido a mão?. Cabelos dourados que refletem a paixão. Muito prazer! Acabo de te conhecer, amor.

“Refrão”
Não posso acreditar que hoje eu te encontrei.
A musa dos meus sonhos, a mais belas das flores, a mulher que eu sonhei. 
Eu fico a pensar: “será que tudo não passou de ilusão?”
Se isso é verdade ou fora da realidade, eu não sei. Mas te apresento o meu amor.


Paro pra pensar, olha o tempo passou e eu nem vi.
Foi o nosso primeiro encontro... de tantos que virão por aí.

Tem uma voz tão doce, e um rosto suave, esculpido a mão?. Cabelos dourados que refletem a paixão. Muito prazer! Acabo de te conhecer, amor.

“Refrão”
Não posso acreditar que hoje eu te encontrei.
A musa dos meus sonhos, a mais belas das flores, a mulher que eu sonhei.
Eu fico a pensar: “será que tudo não passou de ilusão?”
Se isso é verdade ou fora da realidade, eu não sei. Mas te apresento o meu amor. 
Não existe o acaso quando existe o amor. Se hoje eu te encontrei, vou te levar onde for.
Categoria: Letra de música.
Autor: Marcelo HaeS.
Data da composição: 12/10/2004.

5 de setembro de 2012

CAPITÃO AMÉRICA: A Ameaça Vermelha

De todos, o retorno mais aguardado.

"Voltar é bom, como um som que a gente ouve novamente." Citando um trecho da canção popular que, com beleza e poesia, expressa o prazer das emoções revividas, encontrei a forma mais simples e eficaz de apontar meu contentamento ao revisitar esse universo e reencontrar companhias queridas de outrora, descobrindo um pouco mais de suas verdades ao desfrutar um pouco mais de suas companhias. Voltar é bom, pelo simples fato de não haver lugar como o lar, como não há tantas citações poderosas como esta, somente por esta ser tão verdadeira e unânime aos seres pensantes. Não há lugar como o lar, e não há, nos corações humanos, sentimento mais poderoso que o prazer do voltar.

"A MORTE VEM DO PASSADO.

Na trilha de seu recém-reencontrado parceiro Bucky, o Capitão América vai à Inglaterra e luta ao lado de dois ex-colegas Invasores – Spitfire e Union Jack – para impedir que o Caveira Vermelha arrase Londres com um pesadelo dos tempos da 2ª Guerra Mundial. Para isso, porém, ele terá de enfrentar inúmeras ameaças, como o novo Grande Mestre, Ossos Cruzados e Pecado, a insana filha do Caveira Vermelha! No segundo volume da fase do premiado roteirista Ed Brubaker (Criminal), novos e surpreendentes desafios aguardam a Sentinela da Liberdade!"

Não é de hoje que Ed Brubaker se revelou um favorito da escrita, como não é a primeira vez que, aqui, cito a

23 de agosto de 2012

BATMAN e Filho

Da desconfiança a aclamação.

Existem vários tipos de artistas: dos que acreditam serem aos medianos, passando pelos comuns, inovadores e, no topo da escala, os geniais. De todos, vou citar apenas dois: Os que impressionam a cada obra lançada (geniais), e os que sustentam seu nome por um único momento de inspiração (comuns). Este segundo, com muita facilidade, atribui a Grant Morrison no momento em que percebi a aclamação por parte de seus leitores e não ser capaz de compreendê-la. Cheguei a certeza de que o cara, em um passado distante, teria escrito algo grandioso e desde então apoiava seu nome no mesmo. Seria a explicação mais plausível para tamanho exagero dos seus fãs.

Usando de sinceridade: "Peraí, meu... cês tão falando daquele merda que escreveu aquele lixo?!", foi o pensamento que me ocorreu ao associar seu nome a uma leitura terrível, numa trama que comecei a ler com boa vontade até, e, antes da metade, percebi que persistia na leitura pela obrigação pessoal de querer terminá-la, apenas por tê-la iniciado: Liga da Justiça - Nova Ordem Mundial. Um fato intimamente pessoal  de gosto mesmo   e que levou ao total desinteresse por BATMAN e Filho antes mesmo de iniciá-la, mesmo tendo como protagonista o Batman, personagem tão amado. Isso, claro, porque o até então supervalorizado Grant Morrison é responsável por aquela obra, se lembra?, que marcou por falhar em seu intento. Mas não vamos entrar em deméritos porque essas águas passaram, e passaram com a promessa de jamais voltarem. Fiz questão de lembrá-la apenas para dar apoio a origem do desconforto inicial desta leitura. Pois Nova Ordem Mundial é grande responsável pelo desagrado ao zapear a área de créditos da edição.

27 de julho de 2012

BATMAN - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

(SPOILER. Leia somente se você ja assistiu ao filme)

A vida é uma piada desagradável.

Ela é cheia de sabores, aromas e cores, mas, mesmo em meio a toda essa profusão... não possui beleza. Claro que não. Porque a beleza da vida está no poder!, e depende de sua conquista para ser encontrada. Seja o poder aquisitivo, que torna qualquer um capaz de garantir o sorriso de um filho, o amor de uma esposa e a recompensa de uma velhice tranquila aos que dedicaram amor quando era incapaz de se impor diante de uma sociedade; seja o poder de fazer, que garante coragem para seguir em frente diante de adversidades e, para o bem ou para o mal, alcançar a tentativa de superar o que um dia foi um obstáculo em uma jornada. Assim, ao final de O Cavaleiro das Trevas Ressurge, mas necessariamente considerando toda a jornada de Bruce Wayne desde Batman Begins, surgiu a lição que recebi: A vida é uma piada desagradável... mas apenas para quem não sabe sorrir diante dela. Apenas para quem não sabe vivê-la.

E Bruce Wayne jamais soube.

Porque Bruce Wayne morreu antes de ter a chance de conhecer as cores da vida; os aromas e sabores que ela, em toda a sua abundancia, poderia lhe proporcionar. Porque Bruce Wayne

26 de junho de 2012

INFERNO


Pode ser. A noite está tão fria e eu quero ver seu corpo delirando, exalando prazer.
Te ver se esfregar em mim, me dizendo que eu não posso parar.

De você sai o veneno que me faz sentir. Sentir no fogo o meu corpo sucumbir.
Quem dera os dias fossem noite, a noite a gente sempre pode gozar.

Gozar a vida, a vida é feita de dor. Mas só nesse momento eu esqueço o terror.
Estou marcado pra morrer só a morte pode nos separar.

“Refrão”
E pro inferno eu vou e logo eu vou voltar.
Tu vai sentir minha dor, verei seu corpo gritar.
Mas sob a luz vou arder, na escuridão vou ficar
esperando pra ver a sua hora chegar.


Encontrou, me tirou dos braços dela e não perdoou. E lá do precipício você me lançou.
Senti o meu corpo se abrir, doeu na pele a minha carne ao rasgar.

Então as pragas vieram e levaram a dor. Estou sentindo medo de tudo sem dor.
Levanto a cabeça e vejo a orgia que acontece aqui.

Mas eu não quero sexo só quero ver aquele que me exterminou aparecer.
Espero que você tenha o prazer de um dia o diabo encontrar.

“Refrão”
E no inferno estou e logo eu vou voltar.
Tu vai sentir minha dor, verei seu corpo gritar.
Mas sob a luz vou arder, na escuridão vou ficar
esperando pra ver a sua hora chegar.

Mas eu quero ver você apodrecer
e não poder se livrar e no inferno queimar.
As pragas vão te atacar, verei seu corpo sumir.
Não tem pra onde fugir porque o inferno é aqui.



Categoria: Letra de música.
Autor: Marcelo HaeS.
Data da composição: 14/07/2006.

25 de junho de 2012

LINKIN PARK: Living Things

O álbum remonta ao início da banda, mas não é um retrocesso!

Quando publicada a matéria que anunciava o lançamento do novo álbum, Living Things, houve preocupação quanto a insistência dos integrantes em afirmar que este remonta ao que a banda fez em seu inicio de carreira. Objetivamente falando: os dois primeiros álbuns (Hybrid Theory e Meteora). Pois revisitar o passado e trazer um álbum novo com a cara dos citados não seria ruim. Longe disso. Seria apenas um retrocesso. E retrocesso não é o que se espera de uma banda que jamais teve medo de ousar, e os integrantes realmente decepcionariam caso cedessem à pressão de quem rejeita a evolução natural sofrida na sonoridade da banda ao longos os anos, e dos álbuns lançados. Mas um simples apertar o play derrubou temores e revelou que a jornada evolutiva é predominante, e foi o caminho escolhido para alcançar o belíssimo resultado deste novo álbum, que, como afirmado anteriormente, é dono de uma dosagem nostálgica que leva direto aos primeiros passos do Linkin Park. Mas tem como real influência seu predecessor A Thousand Suns e, certamente, irá satisfazer aos mais ferrenhos dos fãs (os descontentes quanto ao pouco uso de guitarras pesadas e os não tão constantes, nos dois últimos álbuns, pelo menos, afinados e arrepiantes brados do vocalista principal, Chester Bennington) ao unir o melhor das duas fases. Sim, o álbum traz muito dos dois primeiros passos do Linkin Park, considerado por grande parte dos fãs como a melhor fase da banda, mas sem soar ao nu metal seco e cortante da época, trazendo de volta às canções toda serenidade vocal de Mike Shinoda e a grandiosa loucura de Chester Bennington  em sua melhor performance, adianto.

(((Obs.: Os textos referentes a cada canção foram escritos após o segunda escutada. Dito isso, devido ao calor da emoção, não sou responsável pelo que encontrará a seguir.)))

1. LOST IN THE ECHO
Os arranjos começam, e a primeira influencia captada é do experimental A Thousand Suns. Lost In The Echo traz uma canção de qualidade, mas que não apresenta grandes inovações; seja na interpretação, arranjos ou letra. Mas ela cumpre com a expectativa de uma musica de ação e, em seu terceiro ato, deixa claro que os vocais de Chester estão altos, cortantes e afinados. E você não quer escapar deles.

23 de junho de 2012

OS NOVOS VINGADORES: Motim

O prazer da leitura renovado pela excelência.

A essa altura do campeonato as histórias correm o grande risco de parecerem comuns e repetitivas. Tudo já foi pensado, escrito e publicado. De invasões alienígena aos portões do inferno. E a máxima vai a mil quando a realidade se aplica as história em quadrinhos, porque, dada a intimidade com os personagens deste universo que quase nos permitem adivinhar suas palavras e prever seus atos diante de algumas situações, a zona de conforto pode deixar de ser interessante e o todo correr um sério risco de perder o brilho. Mas todo presságio cai por terra quando o homem por trás da cortina é Brian Michael Bendis, que te desafia na máxima: "tudo já foi feito", mostrando que, no meio desse tudo, existe a mais valiosa ferramenta para se conduzir uma narrativa com excelência: os seres humanos e seus relacionamentos. E é ai que o mestre dos diálogos te deixa com sabor doce na boca ao mostrar que sua teoria é falha, e lhe invadir com uma nova certeza: Nem tudo já foi feito. Te surpreendendo novamente.

Os Vingadores não existem mais. Sua ausência abre caminho para um insidioso plano de fuga em massa da balsa, a instalação de segurança máxima da ilha Ryker, onde os supre criminosos mais perigosos do mundo cumprem pena.
Mas um grupo de heróis reunidos pelo destino se levanta para impedir que isso aconteça. Testemunhe o nascimento dos... Novos Vingadores!

Em meu primeiro contato com a Mulher-Aranha, a grande pergunta foi: Por que? Por que diabos alguém iria querer ler um personagem derivado do Homem-Aranha? Ainda mais com este dividindo páginas com o mesmo. E a resposta foi das mais positivas. Frustrando expectativas, Jessica Drew mostrou força suficiente para se fazer ver como uma verdadeira protagonista e revelou que sua única ligação com o Aranha está na alcunha heroica, não possuindo parentesco algum com Peter Parker, deixando de ser uma sombra para se tornar o foco. Ela é dúbia, sensual e indiscutivelmente necessária a trama.

24 de maio de 2012

LANTERNA VERDE: Sem Medo

Uma leitura por demais ansiada, onde o acerto revelou-se uma constante.

Depois de conferir o trabalho de Geoff Johns em Lanterna Verde: Origem Secreta e testemunhar a fusão de escritor e personagem num único ser, me tornei um espectador ansioso pelo próximo volume da fantástica simbiose artistica. Sim, você entendeu bem, es-pec-ta-dor. Pois o espetáculo é conduzido com tamanha destreza que o texto torna-se um complemento real da imagem, dando vida ao espetáculo, fazendo os "Fabooms" e "Papapás" saltarem páginas afora, alcançando a audição, me fazendo jurar que o encadernado era também composto por sonoplastia. Foi demais! A leitura inspira a uma experiência muito real. Muito viva. E isso é reflexo de uma trama envolvente, onde os personagens estão em primeiro plano, e a ação, não menos importante, mas uma consequência de atos. . . Isso é o que acontece quando um grande escritor encontra um grande personagem, e é prova material de que da união de dois grandes, surge um gigante. Porque um grande personagem necessita de um grande escritor, para, assim, ambos tornarem-se gigantes. E eles se tornaram!

"Hal Jordan ressuscitou e alcançou sua redenção. Agora chegou o momento de prosseguir com sua vida como Lanterna Verde, o protetor do setor espacial 2814. Mas enquanto ele retorna aos céus como um piloto da força aérea, Jordan tem de encarar novas ameaças de antigos inimigos, como os mortais Androides conhecidos como Caçadores Cósmicos, Tubarão e o terrível Mão Negra.
Tudo isso enquanto, em Oa, a Tropa dos Lanterna é reconstituída para proteger e servir a todos os seres em todas as galaxias conhecidas."

A trama reúne dois arcos que compõem uma história. O primeiro escrito por Geoff Johns e o segundo também escrito por Johns, agora em companhia de Dave Gibbons, que trouxe ao roteiro características que separam o estilo narrativo das duas historias, embora ocorram no mesmo período de tempo e mantendo a qualidade.

7 de maio de 2012

Segundo Plano


Não sei se é orgulho ferido. Sei que não mereço esse castigo.
Só estou querendo um ombro amigo pra poder chorar.

Não sei qual é o jogo da vida. Se você souber, venha e me diga.
Não sei o que faço para ver você se apaixonar.

Quero pedir perdão por aquilo que eu não fiz, não sei qual atitude eu devo tomar. Meu lance com você já ficou por um triz, se te perder não vou suportar.

“Refrão”

Parece que agora eu estou em segundo plano na sua vida.
Dizem que é tempo é quem diz,
não me disse nada... só coisas do meu coração.


Categoria: Letra de música.
Autor: Marcelo HaeS.
Data da composição: 22/09/2004.

2 de maio de 2012

LINKIN PARK anuncia novo CD

"O álbum nos leva de volta às nossas raízes."

Com as palavras de Mike Shinoda (Co-líder da banda), e tendo em mente que foi entre guitarras pesadas, gritos surpreendentemente afinados, Rock e Rap dividindo espaço na mesma canção e letras que fizeram a história de toda uma geração, encontradas no primeiro álbum, "Hybrid Theory" (2000), consolidando-se no definitivo "Meteora" (2002), que o Linkin Park consagrou-se como uma das maiores bandas de todos os tempos, os fãs veem um fio de luz onde só havia escuridão. Os fãs mais chatos, devo dizer.

"Neste álbum temos bastantes partes de guitarra com grandes refrães e partes de eletrónica mais pesadas para lhe dar uma grande parede de som, mas sem soar  metal. Isto será mais familiar para as pessoas do que o "A Thousand Suns", em que nos deixámos levar pela loucura", explicou Chester Bennington, citado pela revista NME.

Os dois primeiros álbuns foram indiscutíveis sucessos de venda e satisfação de quem os garantiu em sua coleção de CDs. Mas há quem duvide da qualidade da banda logo depois do terceiro álbum "Minutes to Midnaight" (2007), que se tornou certeza no experimental "A Thosand Suns" (2010), quarto álbum da banda. Muito se falou que o Linkin Park ja não era o mesmo, que não tinha a mesma pegada. Que as letras, antes raivosas, agora beiravam os contos românticos. Tudo exagero de quem viu a evolução diante de si, mas não estava

30 de abril de 2012

QUEM?



Eles nasceram pra brilhar e vão tentar fazer de tudo pra você vê-los na TV. Você vai ter que aturar!Não vai poder reclamar! Porque hoje todo mundo quer aparecer.

Mas de repente todo mundo decidiu que quer ser:
modelo, atriz, cantora, apresentador de TV.
Sem ter talento, aonde será que eles vão chegar?
A namorados de famosos ou figurantes, fazendo comercial pra um refrigerante.

– Que sensacional.
– O que?
– Apareci no fundo do comercial.

“Refrão”
Todo mundo quer ser artista. Mesmo sem talento são otimistas.
Eles dizem que nasceram pra brilhar, vão cantar, atuar e um dia vencer.
Eles só querem aparecer na TV!!!

– Eu vou largar a faculdade, vou ser ator.
– Depois da maternidade qual vai ser o cantor?
– Vou te mostrar o meu projeto pro ano que vem: a minha peça de teatro, sou a famosa QUEM?

Mas eles só dizem bobeira, pensam que eu tenho tempo. Para ouvir besteira nunca tive talento!!!

Quando você ligar o rádio ele vai cantar. Se você mudar pra TV ele vai aparecer. Entra na Internet e num chat ele está.

Não tem pra onde correr, estão em todo lugar. Você vai ter que entender, eles nasceram pra brilhar.

“Refrão”
Todo mundo quer ser artista. Mesmo sem talento são otimistas.
Eles dizem que nasceram pra brilhar, vão cantar, atuar e um dia vencer.
Eles só querem aparecer na TV!!!

Eu não vou ver quando você. . . Nara Nananara Nananara Nananara Nananananau (trecho censurado).

Aproveite, o seu tempo acabou de começar. Vá curtindo o momento, ele não vai durar.
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!

“Refrão”
Todo mundo quer ser artista. Mesmo sem talento são otimistas.
Eles dizem que nasceram pra brilhar, vão cantar, atuar e um dia vencer.
Eles só querem aparecer na TV!!!
Eles só querem aparecer na TV!!!
Eles só querem aparecer na TV!!!
Eles só querem aparecer na TV!!!


Categoria: Letra de música.
Autor: Marcelo HaeS.
Data da composição: 25/08/2006.

27 de abril de 2012

OS VINGADORES - THE AVENGERS

A espera chegou ao fim! E chegou ao fim com uma grata compensação, pois o filme revelou-se uma joia cinematográfica para ser vista, revista e jamais esquecida.

A fervorosa campanha de marketing me fez chegar ao cinema com todas as expectativas possíveis. No meio da sessão, expectativas mais que superadas, tal qual Bruce Banner, me vi ensandecidamente fora de controle, e, reagindo de acordo ao intento das cenas, fosse rindo, torcendo ou soltando grunhidos e rugidos, acabei por incomodar todos em minhas imediações  o que só foi percebido quando fora da sala.  Prova incontestável do poder de imersão que a trama garante ao expectador. Pois tamanho exagero na louca postura desse fã agradecido só foi possível porque o filme nos puxa pra dentro. Porque o texto, interpretação, enquadramento e sonoplastia nos permite compartilhar junto aos personagens todos os seus sentimentos, por mais íntimos que sejam. Com esse entendimento, fica fácil se tornar parte da ação. E é ai que OS VINGADORES sai na frente de todo e qualquer filme do gênero. Pois Os Vingadores é, indubitavelmente, o melhor filme de super-heróis de todos os tempos.

"O filme mostra o ardiloso Loki em busca do Tesseract — o cubo cósmico utilizado pelo Caveira Vermelha e que ficou no fundo do mar até ser encontrado por Howard Stark  com o qual poderá abrir um portal para outro universo e, assim, permitir que uma raça de alienígenas invada e conquiste a Terra.

A premissa é das mais simples e comprova o conceito que, quanto mais acessível é o contexto, mais fácil se torna compreender suas camadas, implicações, e permite singularidades a cada indivíduo. Garantindo aos personagens posicionamentos coesos em uma trama que só faz crescer diante dos olhos. Pois nada é subentendido. . . as cartas são jogadas a mesa no primeiro encontro.

Inevitável ao falar de OS VINGADORES é falar da habilidade de Joss Whedon ao fazer de todos os personagens peças importantes no tabuleiro, surgindo, cada um, como protagonista de uma sequencia específica ao longo das 2 horas e 16 minutos do filme.

Leitores da HQ's.

Os responsáveis por nossa alegria!!!


O ano de 2008 foi definitivo para minha imersão no universo super heroístico em seu lar de origem. E falo com a clara certeza que represento tantos outros, pois a promessa de Nick Fury, na pele de Samuel L. Jackson, na inesperada sequência pós-crédito do respeitado HOMEM DE FERRO (2008), foi a maior das portas que se escancararam diante de todos os que desconheciam o universo MARVEL na banda desenhada. E, muito provavelmente, naquele primeiro fim de semana no agora distante maio de 2008, a empresa Google, certamente, percebeu um notável crescimento na busca por um resultado comum: Vingadores, Avangers ou seja lá como o título se traduz em outros polos. Tudo motivado pela maior e mais eficaz estratégia de marketing que o cinema mundial testemunhou desde os anos 2000, me arriscando em dizer - apenas por achismo como base - que foi a maior e mais eficaz da história do cinema mundial.

Hoje, leitor assíduo de quadrinhos, afirmo que o 27 de abril de 2012 foi esperado com ansiedade por muito tempo. Mas minha espera de quatro anos se torna singela ao considerar outras mentes pensantes que cresceram em companhia dos quadrinhos e, ao longo de décadas, anseiam apaixonados pela realidade presente. E tenho amigos que se enquadram nesse perfil!!! Dito isso, afirmo:

O filme foi feito para VOCÊS!!!


Essas mentes desprovidas de preconceito por terem crescido em companhia dos quadrinhos, lendo-os de acordo com suas possibilidades, ainda hoje e sem idade definida, muito provavelmente se permitem ao direito de curtirem agradáveis momentos de prazer relaxando em um confortável assento e imergindo em leituras de seus heróis amados, produzidos por seus escritores e desenhistas preferidos ( sim, os preferidos, pois a maturidade trás o refinamento que permite seguir a certeza da qualidade, adquirida pela experiência do hábito antigo, ao invés apontar vários alvos buscando o melhor do nicho), são os grandes responsáveis pela reunião da superequipe OS VINGADORES nas telas dos cinemas. E a cada um de vocês deixo meus sinceros agradecimentos. A explosão de euforia que me acometeu durante a sessão de cinema só foi possível por vocês fazerem de cada personagem que ocupou espaço na tela o que eles são.

MUITO OBRIGADO!!!

23 de abril de 2012

JUSTICEIRO: As Meninas do Vestido Branco

Comum, sangrenta e silenciosa.

Assim é As Meninas do Vestido Branco, que trás como protagonista o Justiceiro, numa trama que passa ligeira diante de nossos olhos, proporcionando a sensação de que nunca foi tão fácil ler o considerável número páginas visto na edição. Uma verdade que se torna absoluta pela escassez de diálogos, fazendo dos painéis de imagem o principal recurso narrativo para apresentar a história. Sem querer entrar em méritos ou deméritos, mas numa questão de gosto mesmo, há leitores que, como eu, prefiram diálogos intensos apenas por uma questão pessoal, de gosto mesmo, ou para levar a debates fora das páginas junto a amigos com quem divide a leitura. Como há também os adoradores da leitura muda, adeptos da ação e reação. E são esses os que irão ai delírio com o ousado (mas nem sempre compreensível) recurso narrativo, que o cinema mudo por muito tempo provou sua eficiência e fez valer a máxima onde se afirma que uma imagem vale mais que mil palavras. Pode até valer. Mas que algumas dezenas de palavras em alguns painéis mudos fariam a diferença e elevariam a trama, não se pode negar. Mas vale apontar que os diálogos, quando surpreendentemente encontrados, se faziam eficientes e clareavam parte da escuridão. . . que só encontra sua luz definitiva ao final, claro.

15 de abril de 2012

WATCHMEN

Magistral e indiscutívelmente humana. Humana e incrivelmente ficcional. Uma ficção assustadoramente real.

Falar de WATCHMEN é chover no molhado. Pois o choque de surpresas que a leitura causa é inevitável, e não há, no mundo, elogio que a história não tenha recebido. E qualquer um que se atreva a falar sobre, corre o risco de ser repetitivo  como, naturalmente, será . Isso porque WATCHMEN não é apenas uma história de super-heróis. É UMA HISTÓRIA DE SUPER-HERÓIS!!!

"Situado em uma América alternativa, no ano de 1985, onde super-heróis fantasiados são parte da teia que compõe a sociedade normal do dia-a-dia. Lá, o “Relógio do Juízo Final” – que mostra a tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética – sempre está marcando cinco minutos para meia-noite. Quando um de seus companheiros é assassinado, o vigilante Rorschach descobre um plano para matar e desacreditar todos os heróis do passado e do presente. Assim que ele se reúne com sua antiga legião de combatentes do crime – um grupo de heróis aposentados, onde apenas um realmente tem superpoderes – Rorschach vê uma enorme e assustadora conspiração que interliga seu passado em conjunto e aponta para catastróficas consequências no futuro.

Sua missão é olhar por toda a humanidade… mas quem olhará pelos Watchmen?"

6 de abril de 2012

Olhar


Eu tento te alcançar, vejo você fugir. Tentando me evitar mas seu olhar está em mim. Me olha sem eu perceber, se percebo você fecha o olhar. Diz a outros que me adora, mas na hora de dizer pra mim... você fecha o olhar.

Eu tento entender por que agir assim: fugir do meu amor se você gosta de mim. A sua timidez é o que faz você me evitar, e eu perder a coragem de dizer: meu grande amor, me devolva o olhar.

Doi saber que tenho você, mas não a posso ter ao meu lado sorrindo e confessando o seu amor.
É, queria eu confessar que o seu lindo jeito de andar me enfeitiçou. Mas você finge não me ver. Sem norte, o que vou dizer. Perco a fala quando estou com você.

(refrão)
O destino ninguém pode mudar. Só a dor irá te convencer.
Na solidão, sozinhos, vamos sangrar. Melhor é se entregar e, juntos, um sonho viver.
Eu acredito nesse seu olhar tão doce dizendo querer me amar.
Deitado em nuvens vou te convencer que não existe amor se não for Eu e Você.


Categoria: Letra de música.
Autor: Marcelo HaeS.
Data da composição: 04/05/2007.

3 de março de 2012

SORRISO MAROTO - 15 Anos

E o espetáculo se fez!
 
Primeiro de Março de 2012. Um dia especial para o Rio de Janeiro, e também para 5 rapazes que arrastam multidões aonde quer que se façam presentes. O primeiro completa 447 anos de pura beleza. Desses 447 anos, 15 apadrinham um fenômeno da cultura popular Brasileira que já provou por A mais B não ser uma modinha passageira, mas uma página de nossa história que veio para jamais ser esquecida. E essa página atende pelo título: SORRISO MAROTO!

O maior grupo de pagode da última década (foi classificado pela revista Bilboard americana como um dos 50 maiores artistas do mundo) completa 15 anos de uma história rica em qualidade e popularmente conhecida. Mas o presente foi direto para o seu público em uma belíssima apresentação ao ar livre que frutificará um DVD de inéditas, também revisitando momentos de suma importância na trajetória do grupo, nessa página que se destaca a cada dia. O melhor? O espetáculo veio com entrada franca em um ponto turístico do Rio de Janeiro: A Quinta da Boa Vista - Outrora o quintal da Família Real.

21 de fevereiro de 2012

MOTOQUEIRO FANTASMA - Espirito de Vingança

O que esperar de um filme que ja não deu certo uma vez? Um filme que não agradou seu público, críticos em geral, e até mesmo o seu diretor. Sim, pois está ai a versão estendida de MOTOQUEIRO FANTASMA (2007) que não permite conjecturas quanto a afirmação. Se existe algo a esperar sobre a continuação de um longa metragem falido, este que vos escreve desconhece. E desconhece pelo simples fato de ter caminhado para a poltrona J13, saboreado uma deliciosa barra de chocolate com amendoim, acompanhado por uma bebida cremosa sabor chocolate, sem a menor das expectativas com relação a roteiro e personagens, querendo apenas o óbvio num filme do gênero: muita ação. Mas que acabou por encontrar alem da ação, fogo, fumaça e o visual muito mais intimidador da caveira flamejante, tudo o que pareciam serem vãs expectativas. Que não existiam, relembro.

Inspirador. Revolucionário. Grandioso. Não, o filme não é nada disso. Mas é popular, insano e cheio de irreverência, e na medida exata. Valendo ressaltar que Nicolas Cage, em sua melhor performance como Johnny Blaze, me adianto em dizer, é o tipo de ator que gosta de incluir gracejos (que nem sempre cumprem sua função) e um dia achou que um demônio viciado em balinhas coloridas seria genial. Num momento de remorso ou inspiração, acertadamente, as substitui por analgésicos, fazendo do protagonista um hipocondríaco sempre na ânsia do próximo comprimido.

Na segunda vez que encarna o portador do Espirito da Vingança, Nic Cage acerta em cada nuance e nos apresenta um herói

12 de fevereiro de 2012

CORINGA

É possível invadir a mente humana de tal forma que faça o invasor pensar conforme a mente invadida.

Não foi uma pergunta. Não foi uma pergunta, porque, enquanto leitor de CORINGA, escrito por Brian Azzarello, por vezes me surpreendi ao compreender o incompreensível. Ao ver razão onde não há resquícios dessa verdade. E estou certo que o que levou a essa certeza foi a oratória convincente que tornou o discurso, um tanto destrutivo, é verdade, tão embasado que permite a compreensão do que leva um ser humano a cometer atos de puro satanismo.

É inegável que o CORINGA visto nesta edição é a mais pura encarnação do mal, onde não há culpa, remorso ou temor. Havendo apenas a vontade de mostrar seu poder, não hesitando em agir como um trator diante de tudo o que se interpõem em seu caminho. Dono de um sarcasmo que só uma mente alimentada com cultura é capaz de apresentar, a inteligencia do homem de sorriso largo torna-se clara. O corpo não é forte, mas sua inteligência o leva a cercar-se de brinquedos dos mais variados tipos (incluindo humanos), e armas de fogo em uma trama despudorada, violenta e louca para ser refreada. Pois cada ato do vilão nos leva a espera do único que pode pará-lo.