26 de junho de 2012

INFERNO


Pode ser. A noite está tão fria e eu quero ver seu corpo delirando, exalando prazer.
Te ver se esfregar em mim, me dizendo que eu não posso parar.

De você sai o veneno que me faz sentir. Sentir no fogo o meu corpo sucumbir.
Quem dera os dias fossem noite, a noite a gente sempre pode gozar.

Gozar a vida, a vida é feita de dor. Mas só nesse momento eu esqueço o terror.
Estou marcado pra morrer só a morte pode nos separar.

“Refrão”
E pro inferno eu vou e logo eu vou voltar.
Tu vai sentir minha dor, verei seu corpo gritar.
Mas sob a luz vou arder, na escuridão vou ficar
esperando pra ver a sua hora chegar.


Encontrou, me tirou dos braços dela e não perdoou. E lá do precipício você me lançou.
Senti o meu corpo se abrir, doeu na pele a minha carne ao rasgar.

Então as pragas vieram e levaram a dor. Estou sentindo medo de tudo sem dor.
Levanto a cabeça e vejo a orgia que acontece aqui.

Mas eu não quero sexo só quero ver aquele que me exterminou aparecer.
Espero que você tenha o prazer de um dia o diabo encontrar.

“Refrão”
E no inferno estou e logo eu vou voltar.
Tu vai sentir minha dor, verei seu corpo gritar.
Mas sob a luz vou arder, na escuridão vou ficar
esperando pra ver a sua hora chegar.

Mas eu quero ver você apodrecer
e não poder se livrar e no inferno queimar.
As pragas vão te atacar, verei seu corpo sumir.
Não tem pra onde fugir porque o inferno é aqui.



Categoria: Letra de música.
Autor: Marcelo HaeS.
Data da composição: 14/07/2006.

25 de junho de 2012

LINKIN PARK: Living Things

O álbum remonta ao início da banda, mas não é um retrocesso!

Quando publicada a matéria que anunciava o lançamento do novo álbum, Living Things, houve preocupação quanto a insistência dos integrantes em afirmar que este remonta ao que a banda fez em seu inicio de carreira. Objetivamente falando: os dois primeiros álbuns (Hybrid Theory e Meteora). Pois revisitar o passado e trazer um álbum novo com a cara dos citados não seria ruim. Longe disso. Seria apenas um retrocesso. E retrocesso não é o que se espera de uma banda que jamais teve medo de ousar, e os integrantes realmente decepcionariam caso cedessem à pressão de quem rejeita a evolução natural sofrida na sonoridade da banda ao longos os anos, e dos álbuns lançados. Mas um simples apertar o play derrubou temores e revelou que a jornada evolutiva é predominante, e foi o caminho escolhido para alcançar o belíssimo resultado deste novo álbum, que, como afirmado anteriormente, é dono de uma dosagem nostálgica que leva direto aos primeiros passos do Linkin Park. Mas tem como real influência seu predecessor A Thousand Suns e, certamente, irá satisfazer aos mais ferrenhos dos fãs (os descontentes quanto ao pouco uso de guitarras pesadas e os não tão constantes, nos dois últimos álbuns, pelo menos, afinados e arrepiantes brados do vocalista principal, Chester Bennington) ao unir o melhor das duas fases. Sim, o álbum traz muito dos dois primeiros passos do Linkin Park, considerado por grande parte dos fãs como a melhor fase da banda, mas sem soar ao nu metal seco e cortante da época, trazendo de volta às canções toda serenidade vocal de Mike Shinoda e a grandiosa loucura de Chester Bennington  em sua melhor performance, adianto.

(((Obs.: Os textos referentes a cada canção foram escritos após o segunda escutada. Dito isso, devido ao calor da emoção, não sou responsável pelo que encontrará a seguir.)))

1. LOST IN THE ECHO
Os arranjos começam, e a primeira influencia captada é do experimental A Thousand Suns. Lost In The Echo traz uma canção de qualidade, mas que não apresenta grandes inovações; seja na interpretação, arranjos ou letra. Mas ela cumpre com a expectativa de uma musica de ação e, em seu terceiro ato, deixa claro que os vocais de Chester estão altos, cortantes e afinados. E você não quer escapar deles.

23 de junho de 2012

OS NOVOS VINGADORES: Motim

O prazer da leitura renovado pela excelência.

A essa altura do campeonato as histórias correm o grande risco de parecerem comuns e repetitivas. Tudo já foi pensado, escrito e publicado. De invasões alienígena aos portões do inferno. E a máxima vai a mil quando a realidade se aplica as história em quadrinhos, porque, dada a intimidade com os personagens deste universo que quase nos permitem adivinhar suas palavras e prever seus atos diante de algumas situações, a zona de conforto pode deixar de ser interessante e o todo correr um sério risco de perder o brilho. Mas todo presságio cai por terra quando o homem por trás da cortina é Brian Michael Bendis, que te desafia na máxima: "tudo já foi feito", mostrando que, no meio desse tudo, existe a mais valiosa ferramenta para se conduzir uma narrativa com excelência: os seres humanos e seus relacionamentos. E é ai que o mestre dos diálogos te deixa com sabor doce na boca ao mostrar que sua teoria é falha, e lhe invadir com uma nova certeza: Nem tudo já foi feito. Te surpreendendo novamente.

Os Vingadores não existem mais. Sua ausência abre caminho para um insidioso plano de fuga em massa da balsa, a instalação de segurança máxima da ilha Ryker, onde os supre criminosos mais perigosos do mundo cumprem pena.
Mas um grupo de heróis reunidos pelo destino se levanta para impedir que isso aconteça. Testemunhe o nascimento dos... Novos Vingadores!

Em meu primeiro contato com a Mulher-Aranha, a grande pergunta foi: Por que? Por que diabos alguém iria querer ler um personagem derivado do Homem-Aranha? Ainda mais com este dividindo páginas com o mesmo. E a resposta foi das mais positivas. Frustrando expectativas, Jessica Drew mostrou força suficiente para se fazer ver como uma verdadeira protagonista e revelou que sua única ligação com o Aranha está na alcunha heroica, não possuindo parentesco algum com Peter Parker, deixando de ser uma sombra para se tornar o foco. Ela é dúbia, sensual e indiscutivelmente necessária a trama.