28 de dezembro de 2011

BATMAN: O Cavaleiro das Trevas

Tão inteligente quanto revolucionária. Tão deslumbrante quanto arrebatadora. Assim é O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller. Mesmo passado duas décadas após seu lançamento.

A trama mostra Bruce Wayne alcançando a velhice, o BATMAN aposentado, numa realidade onde o herói não se fez necessário nos últimos 10 anos. Velho, pesado e lento, mesmo longe do seu auge físico, devolve vida a lenda que criou ao ver Gotham assolada por um mal.

Em contraponto a condição física de sua criação, Frank Miller estava no auge de suas capacidades artísticas quando desenvolveu o texto com uma narrativa tensa e frenética, que é de uma ousadia impressionante. Não somente pelo número de personagens que se interpõem, somando com seus pareceres e enriquecendo a trama, nem apenas pelo ritmo intenso e que jamais deixa espaço para fôlego, mas, também, por incluir a influência da mídia de forma a enaltecer e endemoninhar o vigilante mascarado que protege a cidade, em debates que valem cada palavra, sejam estas para o bem ou para o mal. Proporcionando aos acontecimentos ficcionais tamanha verdade que chegam ao extremo de fazer o espetáculo parecer crível, como se os quadros narrassem fatos históricos documentados por testemunhas oculares. De quantas obras pode-se falar isso? Sensação assim, só mesmo uma obra prima é capaz de provocar. Mas é de uma obra prima que estamos falando. Uma obra que rompeu preceitos e dissipou preconceitos em uma era onde ler quadrinhos era coisa de criança, permitindo aos fãs de banda desenhada (ainda se usa este termo?) questionar com soberba: "Você NÃÃÃÃO LEEEU O Cavaleiro das Treeeevas?!". Sacudindo a cabeça e caprixando na expressão de espanto quando diante de uma negativa: "Tsc Tsc Tsc".

Extremos são encontrados em cada virada de página. Armas não são mero enfeite e atiram pra valer. Vilões encontram a morte, e de forma definitiva, quando em confronto com seu oposto. Assassinatos em massa exibido em rede nacional ETC. Tudo em uma leitura que leva a reflexão:

"E se em nossa realidade existissem super humanos e também pessoas com

17 de dezembro de 2011

BATMAN: A Piada Mortal

De uma genialidade que estabelece um altíssimo padrão de qualidade.

Gênios assustam por serem complicados demais ao falarem coisas que nós, meros mortais (não se ofenda se você for um gênio), não somos capazes de compreender mesmo com a mais completa explicação. Gênios são seres incompreendidos. Gênios são loucos, barbudos e de cabeleira avantajada que se isolam da sociedade pela repulsa a ideia de se moldar a fôrma. Mas gênios não existem nos dias de hoje. Ao menos no plural, não. Pois, nos anos 50, toda a cota de gênios da promissora geração, ao que parece, tomou um só corpo.

O corpo de ALAN MOORE!

Sabe aquela regra: "gênios falam coisas que mortais não conseguem entender"? Ela é falha. Pois quando o gênio é mestre da escrita, fala de forma a não deixar dúvidas e é perfeitamente compreendido. E esse gênio foi capaz de criar a trama mais assustadora que tive o prazer de ler, com o herói mais foda-pra-caralho que tenho a honra de chamar de favorito, em míseras 43 páginas. . . e – segure o queixo – com início, meio e fim. E mesmo com o espaço reduzido que poderia não garantir tempo para que nos rendêssemos a intenção da trama, nós nos rendemos.

10 de dezembro de 2011

CAPITÃO AMÉRICA: O Soldado Invernal

É a leitura que eu sempre quis e não sabia onde encontrar.

"Abalado pela dissolução violenta dos  VINGADORES, Steve Rogers se vê diante de estranhas lembranças de seu próprio passado, da época da 2° Guerra Mundial. Para piorar, o surpreendente assassinato do Caveira Vermelha trás à tona uma lenda da Guerra Fria. Mas quem é o SOLDADO INVERNAL?"

A premissa nada modesta foi o pontapé inicial articulado pelo escritor Ed Brubaker para reformular as histórias do Capitão América e  o que ainda lhe era desconhecido enquanto planejava cada intenção e palavras vistas nos quadros do primeiro arco  devolvê-lo ao panteão dos maiores heróis do universo Marvel. Enquanto leitor de Projeto Marvels: O Nascimento dos Super-Heróis, percebi que sua narrativa com forte característica policial era capaz de conquistar na primeira leitura. Em Soldado Invernal, essa militância fica mais evidente e também a certeza que este gigante da escrita não é adepto a fórmulas e se reinventa de acordo à trama que deseja contar. E assim, mais uma vez, Ed Brubaker me surpreendeu. Pois o Capitão América não é o personagem mais popular dos heróis, mas é, certamente, o mais icônico. E o ícone que nos remete ao personagem é a Bandeira Americana (EUA). Algo que poderia conferir ao herói forte repulsa longe das Américas. Poderia!!! O que as habilidades de Brubaker como escritor não permitiram. Bandeiroso ao extremo, em momento algum a vestimenta ofuscou o homem por trás do escudo.

3 de dezembro de 2011

POKEMON Apokélypse


Seria esse o título do primeiro filme Live Action da marca que fez uma geração inteira de crianças e adolescentes renderem-se a saga do garoto Ash que lutava - literalmente falando - para tornar-se um Mestre Pokemon?

Não! Ao menos oficialmente, não.

Pókemon Apokélypse é o titulo de um trailer com ação real mas feito por fãs um tanto dedicados que mostram o universo POKEMON numa realidade cruel, onde as batalhas valem dinheiro e podem levar o POKEMON perdedor a morte. E é esse o ponto de partida para a saga de Ash, Misty e Brock, em versões nada infantis, mas que muito lembram na caracterização os personagens do anime de sucesso arrebatador da década de 90 que se mantém firme até o tempo presente.

Chega a ser interessante ver a encarnação humana da enfermeira Joy. Professor Carvalho. Jesse, James e "Miau". E o interessante trabalho em CG que permite a Pikashu