21 de fevereiro de 2012

MOTOQUEIRO FANTASMA - Espirito de Vingança

O que esperar de um filme que ja não deu certo uma vez? Um filme que não agradou seu público, críticos em geral, e até mesmo o seu diretor. Sim, pois está ai a versão estendida de MOTOQUEIRO FANTASMA (2007) que não permite conjecturas quanto a afirmação. Se existe algo a esperar sobre a continuação de um longa metragem falido, este que vos escreve desconhece. E desconhece pelo simples fato de ter caminhado para a poltrona J13, saboreado uma deliciosa barra de chocolate com amendoim, acompanhado por uma bebida cremosa sabor chocolate, sem a menor das expectativas com relação a roteiro e personagens, querendo apenas o óbvio num filme do gênero: muita ação. Mas que acabou por encontrar alem da ação, fogo, fumaça e o visual muito mais intimidador da caveira flamejante, tudo o que pareciam serem vãs expectativas. Que não existiam, relembro.

Inspirador. Revolucionário. Grandioso. Não, o filme não é nada disso. Mas é popular, insano e cheio de irreverência, e na medida exata. Valendo ressaltar que Nicolas Cage, em sua melhor performance como Johnny Blaze, me adianto em dizer, é o tipo de ator que gosta de incluir gracejos (que nem sempre cumprem sua função) e um dia achou que um demônio viciado em balinhas coloridas seria genial. Num momento de remorso ou inspiração, acertadamente, as substitui por analgésicos, fazendo do protagonista um hipocondríaco sempre na ânsia do próximo comprimido.

Na segunda vez que encarna o portador do Espirito da Vingança, Nic Cage acerta em cada nuance e nos apresenta um herói sem afetações, engraçado e humanamente demoníaco quando preciso. Palavras escritas com a clara memória de Nic em seu melhor momento em todo o filme, na cena onde a insanidade de Blaze foi a mais de cem no interrogatório mais improvável na história do cinema. Parabéns, Nic Cage, você se superou!!!

Por fim, é notório que o segundo filme se aproveitou da memória do público e garantiu velocidade de narrativa ao iniciar a trama ja com Johnny Blaze como portador da, um tanto desejada, maldição. E mesmo que o filme conte uma outra versão para a origem do pacto, o vejo como continuação. Mas uma continuação que nada tem a ver com seu antecessor, pois é superior em cada seguimento e faz cair por terra a máxima de que pau que nasce torno nunca se endireita. Tudo graças aos compententíssimos Mark Neveldine e Brian Taylor (diretores), que, com seus inesperados ângulos de câmera, aliada a grande capacidade de construírem personagens carismáticos, transformaram o que um dia foi esquecível (o personagem) em um ponto digno de ser lembrado. E acabaram por elevar o primeiro longa, pois este tornou-se ponte direta para melhor apreciação de sua ótima segunda parte. Que é um arraso!

Em outras palavras: Neveldine e Taylor endireitaram o pau.

2 comentários:

  1. Excelente critica,acho que não vou perder o meu tempo assistindo a esse filme depois de acompanhar a sua experiencia.
    Tive a honra de ser o visitante de numero 2000 do site, Parabéns!

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    1. A honra foi minha em recebê-lo aqui, cara. Mas o filme fez valer o ingresso. Fui certo que seria bem pior do que foi, e por isso sai satisfeito. Mas é como disse: não é concorrente a filme mais foda do ano.

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