8 de setembro de 2011

LANTERNA VERDE - O Filme

Dizem que a melhor propaganda para um livro é a recomendação de um leitor. Verdade! Isso mostra o poder que tem a palavra. O problema é que tal poder é uma faca de dois gumes e, as vezes, o corte é inevitável.

Assim foi com LANTERNA VERDE e eu. Quando o filme teve sua estreia nos EUA e a chuva de criticas abaixo de zero banhou a internet em aguas lamacentas, somado a revolta da espera de dois meses para ver o longa numa sala de cinema, me senti tentado em baixar o filme. A tentação me foi irresistível e eu o baixei, assistindo-o numa tela de 21 polegadas do PC, sem a menor qualidade de som e imagem. Isso sem falar nos cortes que não me permitiram compreender a trama do filme, e o fato de não haver legenda. Tudo estava contra, e minha vontade também. Eu, facilmente, classifiquei LANTERNA VERDE como descartável. Afinal, o filme é uma bosta! Não, não, não. E NÃO. O filme NÃO É uma bosta! O filme não é uma bosta e eu me cortei no gume confiado.

Quem nunca se deixou levar por uma opinião alheia, que me atire a primeira Lanterna  não resisti.

A forma como a trama se desenvolve lembra muito o que o Marvel Studios apresenta na criação de seus personagens nos cinemas, o que faz de LANTERNA VERDE um filme muito mais parecido aos da linha Marvel que um original DC. Isso, para mim, é um fato. E que não tira os méritos do filme. Pois a Marvel vem trilhando um belo caminho no mundo Hollywoodiano.

Hal Jordan é um personagem interessante, embora lhe falte qualidades que lhe torne marcante. Um cara que adora a própria imagem não é algo inusitado nos dias de hoje e isso é só o que consigo lembrar do personagem antes de se tornar o LANTERNA VERDE. Seus fantasmas passam invisíveis pela trama, pois realmente não o vi superar trauma algum ao final do filme. A relação com Ferris é, de longe, um dos pontos mais interessantes e inusitados do filme.

O que é a cena de Hal posando de LANTERNA FODÁSTICO indo visitar a moça após te-la salvado a vida?. Muito, mas muito engraçado!

Hector é o personagem melhor desenvolvido e mais interessante da trama. Merecia um destaque digno, recompensador, no terceiro ato e não o que lhe foi destinado. Descartar um personagem com tais conflitos foi o ponto mais fraco, e burro, que o filme cometeu. Havia pano pra manga em continuações, que torço para acontecerem, descartadas com o final tosco do personagem. Sinestro é uma presença interessante, marcante e que faz a mente borbulhar de ideias. A cena pós-créditos vale todo tempo dedicado ao personagem  O Medo que sustenta a trama de Hal Jordan não é capaz de por em pânico a criança mais covarde. PARALAX sim é algo descartável, somente porque foi mau utilizado, pois as cenas em que a coluna de fumaça invade a terra enche os olhos, mas limita-se aquilo que é visto nos trailers, não surpreendendo em nada. Por fim, o tempo é curto e suficiente para contar a boa história e que abre possibilidades ainda melhores para nos aprofundarmos no mundo dos LANTERNAS.
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