26 de setembro de 2011

A hegemonia do Blu-Ray

O Arco e Flecha um dia foram o auge da tecnologia.

Hoje, diante de automaticas, bazucas, e por que não mencionar os arrasa-quarteirôes,  mísseis, tornaria rizível o combatente que ousasse empunnhar tal armamento, que mesmo fatal, não se compara a força de seus sucessores.

A evolução é um processo natural, mas a imposição, em circusntâncias bem analisadas, pode ser encarada como retrocesso. Eu não vivi a ditadura, mas venho me sentindo obrigado a tomar o rumo que os poderosos da industria determinam.

Ah. . . a primeira vez que não precisei me preocupar em rebobinar a fita para entregar a locadora foi uma experiência que jamais esquecerei. O futuro, ilustrado como anos 2000, acabara de chegar, e, com ele, o DVD. Som e imagem com qualidade superior ao VHS e a praticidade de pular o caputilo em um clicar de botão. Quem-foi-o-gênio-que-criou-isso? Pensei.
Tudo estava perfeito, mas o futuro não parou na era 2000 e insistiu em nos alcançar. Com ele, novas evoluções. Os Celulares evoluiram, a TV evoluiu... e também o DvD.


Blu-Ray, a midia do raio azul que suporta mais conteúdo e apresenta qualidade de imagem 5 vezes melhor que a do DvD e qualidade de som 7 vezes melhor que o mesmo. Ele chegou, e para ficar!

De todas as qualidades do Blu-Ray, destaco apenas um problema: Os Poderosos da Industria.

Visionários? Magnificos? Inovadores?

Não. . . Ditadores!

Eles decidiram que o DvD é coisa do passado, embora caminhe para isso, eu sei, e traçaram uma meta para desestimular a compra do produto, fazendo os fãs encontrarem um único caminho para possuir um material com qualidade de conteúdo em seus filmes preferidos: Comprar em Blu-Ray.

A estratégia da industria começou em HOMEM DE FERR 2, com a versão em DvD, ainda com 2 discos, não alcançando 20 minutos de extras no disco 2. Agora as paredes começam a se encontrar, pois a nova ordém ditada pela industria é lançar respectivo filme em Blu-Ray com TONELADAS de EXTRAS, minuciosamente detalhados na contra-capa, em contraponto ao DvD, que deve ser motivo de comemoraração se existir legendas nos comentários do diretor, não sendo disponibilizado nem mesmo em versão dupla no mercado, desconsiderando os consumidores com menos recursos que não alcançaram o Blu-Ray mas também apreciam o conteúdo extra que, em muitos casos, somam para melhor compreenssão de certas passagens da trama e, vamos combinar, são indispensáveis, ótimos como passatempo e, em muitos casos, melhores que os filmes.

- THOR.
- TRANSFORMERS: O Lado Oculto da Lua.
- CAPITÃO AMÉRICA: O Primeiro Vingador.

São os guerreiros que puxam essa leva, que, acreditem, não vai parar por ai.
Em 2012 teremos Os VINGADORES, O Cavaleiro das Trevas Ressurge e muitos outros filmes que comtam com a certeza de sucesso. Desde já existem fãs a espera da versão portátil para telas menores que, espero estar errado, vão se frustrar e, certamente, acabar tomando o caminho inevitável.

Comprar em Blu-Ray!

Não que isso seja um problema. Não é. O problema é que, sem percebermos, tomamos o caminho que outros consideram melhor para nossa vida, na verdade para seus bolsos, fazendo da decisão de comprarmos o que apresenta mais conteúdo algo que acreditamos ser fruto de nossa vontade, mas que, em casos que envolvam o que o texto abrange, não passam de uma única verdade: nós voltamos a nos submetemos a vontade alheia.

Como nos tempos da ditadura!
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