Uma ousadia refreada.
Cada leitura é única, e mesmo se tratando da continuação de algo ja estabelecido, toda leitura é um momento isolado. Com esse entendimento, compreende-se que em leituras que se permitam continuações, mesmo que a atual seja magnifica não significa que o que vem pela frente seguirá o mesmo caminho de acertos, e nem que a primeira é tão boa que não possa ser superada a seguir. A nova leitura, como qualquer outra, é um momento isolado, lembra?, e mesmo acompanhada de um passado bom ou nem tanto, vem acompanhada também dos mesmos 50% de chances para acertos ou erros. Foi o que descobri, não ao final da leitura, mas por ler JUSTICEIRO: As Meninas do Vestido Branco – que apresentou uma leitura
inexpressiva justamente por se ater no expressar –, e, principalmente, por persistir na leitura em questão e compreender que são sim histórias de um mesmo universo, mas nem por isso são equivalentes. Hoje, leitura finalizada, garanto que o erro anterior
não se repete aqui, e o que tinha tudo para ser jogado de lado pelo
passado negro que nem é tão distante assim, acabou por garantir uma
segunda chance, originando o argumento que o introduziu nesse texto e se
tornou pensamento – bem antes de se tornar introdução, claro.
"Por mais de trinta
anos, Frank Castle dedicou sua vida a exterminar de modo implacável
a escória criminosa que infesta a nossa sociedade. Porém, durante
uma investigação de tráfico infantil na Filadélfia, ele é
capturado e envenenado. Agora, Castle tem apenas seis horas de vida,
e pretende aproveitá-las da melhor maneira possível: eliminando o
maior número de canalhas que puder."